Em 2013, mais de 200 mil meninas trabalhavam no Brasil e ninguém as via trabalhar. Foram exatamente 213.613 meninas brasileiras com menos tempo de estudo por conta do trabalho. Mais de duzentas mil meninas, negras, perderam sua infância no trabalho infantil doméstico. "É preciso que revisitemos a maneira como socializamos meninas em nossa sociedade, que revisitemos o olhar que temos para a cidadania de meninas negras e pobres, e que percebamos que em se tratando de direitos, a lógica não pode ser o 'pelo menos', e sim, é pelo máximo, é pela plenitude que devemos nos relacionar com a efetivação de seus direitos", assinala Viviana Santiago, especialista em gênero.