O uso de dispositivos tecnológicos por crianças e jovens está longe de ser prejudicial. Se bem orientado, pode estimular a criatividade, o raciocínio lógico, a colaboração, a capacidade de pesquisa e outras competências valiosas para o mundo contemporâneo. No entanto, é preciso moderação. O aumento da dependência de eletrônicos tem preocupado pais e educadores do mundo todo. "Entre crianças e jovens, as consequências do uso excessivo de eletrônicos se percebem tanto em problemas físicos (tendinites, sobrepeso), como também mentais e emocionais (isolamento social, dificuldade de concentração, transtornos do sono), com reflexo também nos resultados escolares. Como prevenção, o exemplo da família é fundamental. Os pais precisam evitar usar os dispositivos para tranquilizar a criança, para que fique quieta por algumas horas, e evitar que as crianças se isolem jogando durante as refeições. [...] Vale marcar um horário para o uso e garantir que seja respeitado. E o principal, sobretudo com crianças: participar das atividades digitais junto com elas. Não só para monitorar, mas porque o relacionamento com os pais, em atividades desfrutadas em comum, pode ser o melhor dos presentes", assinala Andrea Ramal.